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Redação Bebidas e Afins
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Nosso Festival Gastronômico de Tiradentes foi fantástico! “Nosso” porque, antes de ir, pesquisamos o que a cidade oferece de melhor para beber e comer e fizemos todas as reservas. Essa minha mania de planejar cada viagem me rende muitos momentos perfeitos, sem grandes frustrações.
Quanto ao Festival, foi muito bom não ter grandes expectativas. Jantares e festins caríssimos transformaram o que deveria oferecer “mais daquilo que é bom para mais pessoas”, em um evento elitista. Algumas poucas palestras (duas muito boas, por sinal), concentradas apenas nos finais de semana, e duas ou três degustações, ambas com pouquíssimas vagas me pareceram outra proposta restritiva. Uma feira de seis expositores com uns dez produtos no total e dois espaços gourmet em que as únicas cervejas vendidas eram da marca patrocinadora também não mereceram minha atenção.
Mas vamos ao que foi tudo de bom: a cidade, as construções históricas misturadas ao visual da Serra de São José, o artesanato, os restaurantes e seus chefs... Ah esses surpreenderam todos os sentidos... Durante a semana, enquanto a cidade não estava cheia, tivemos o seu melhor!
Tiradentes é uma cidade pacata, parece guardada num lugar do tempo, mansinha, quietinha... Suas ruas de pedra convidam a andar devagar, prestando atenção nos passos... A calmaria, inclusive das pessoas, nos envolve e inspira a respirar mais lentamente... A arquitetura e as paisagens, nesta época decoradas por ipês, nos levam a uma viagem no tempo... E a outras viagens da alma...
O clima convida a perceber e curtir cada momento, a começar por um café da manhã sem pressa, tomando um pretinho de coador quentinho, acompanhado de pão de queijo, roscas caseiras, queijo fresco que derrete na boca, pãozinho crocante e uma manteiga cremosa que eu poderia comer de colher!!!
Difícil escolher entre os cafés das duas pousadas em que fiquei: a DOM QUIXONTE (em Tiradentes mesmo), novinha, lindinha, bem confortável e com um serviço super simpático; e a LAGOS DE MINAS (em Santa Cruz de Minas, vilarejo colado), com um visual lindo, pessoal atencioso e suítes espaçosas com banheira de hidromassagem.
Em Santa Cruz de Minas se compra artesanato mais barato, mas é um prazer que faz parte vasculhar as lojinhas espalhadas por Tiradentes e se estender até Bichinho, outra vilinha distante apenas 7 km. Esse minúsculo lugarzinho escondido vale a visita pelo visual, para conhecer algumas obrasexclusivas e conversar pessoalmente com artistas locais. Lá também tem um charmosíssimo restô/bar italiano, que não tive tempo de visitar, mas me deixou com vontade de voltar...
Dos programas culturais, assistir ao concerto de órgão (instrumento que está lá desde o séc. XVIII) na Matriz de Santo Antônio sacia o espírito e deixa a gente mais leve. Acontece às sextas e sábados, às 20h.
Se der tempo de visitar São João Del Rei, sugiro ir de carroe pegar um guia local para conhecer os detalhes da Matriz de São Francisco de Assis (vale a pena), a rua torta, o solar (ou sobrado) dos Neves e alguma outra igreja, se quiser.
E siiiiiimmmm, vou falar da gastronomia! E das bebidas, claro!... Nos próximos posts... Deixei o melhor pro final, pra gente salivar com gosto e degustar com calma.
Dani Lui
Articulista, chef amadora e consultora de marketing
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