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Redação Bebidas e Afins
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A fábrica da Ambev em Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife, vai começar a operar neste mês, após um investimento de R$ 260 milhões da InBev, multinacional de capital belga e brasileiro. Anualmente, a produção será de 1 bilhão de litros de cerveja Brahma Fresh, Brahma, Skol e Antarctica, além de 400 milhões de litros de H2OH! e Guaraná Antarctica. Duzentos empregos foram gerados.
Incluindo a indústria pernambucana, a Ambev está investindo R$ 793 milhões este ano no Nordeste, região apelidada internamente pela fabricante de bebidas como a China brasileira, devido ao seu forte crescimento econômico. Estão em construção ou em processo de expansão plantas na Bahia, Maranhão e Paraíba.
A companhia aumentou em 70% a sua capacidade de produção na região nos últimos dois anos.
Os recursos fazem parte do pacote de R$ 2,5 bilhões já anunciado pela empresa para este ano e só perde, na divisão regional, para o Sudeste, que recebe R$ 1 bilhão.
"O potencial de crescimento no Nordeste é muito grande. Em 2010, a indústria de cerveja cresceu 18% na região, mais que o dobro da média nacional, que foi de 8%", disse Nelson Jamel, diretor de Relações com Investidores da Ambev.
O baixo consumo per capita comprova a oportunidade. Segundo Jamel, enquanto o brasileiro bebe 62 litros de cerveja por ano, o nordestino consome 45 litros anuais. Desde 2009, a Ambev reforçou os investimentos em capacidade de produção no Nordeste, onde a participação de mercado da empresa é inferior à média brasileira.
"A maior disponibilidade de produto resultou em ganho de mercado na região", diz Jamel, que não revela números.
O fortalecimento da empresa no Nordeste também acontece no momento em que a marca líder na região, a Schincariol, deve se fortalecer após ser comprada pela japonesa Kirin. "O nosso foco no Nordeste é independente das mudanças no concorrente", garante Jamel.
Outro destaque entre os aportes deste ano é a fábrica do município de Aquiraz, no Ceará. Estão sendo destinados R$ 245 milhões para a implantação do processo de produção de cerveja e melhorias na linha de refrigerantes. A capacidade de produção vai mais do que dobrar, para 8 bilhões de litros.
Ontem, a companhia divulgou um lucro de R$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre, queda de 7% em relação ao mesmo período de 2010. O resultado foi influenciado por um aumento nas despesas financeiras, causadas pelo câmbio.
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